domingo, 13 de março de 2016

O fantástico mundo dos gifs


Continuando a pergunta sobre a coisa mais irrelevante que você irá ver no seu facebook e que eu já sei que você será incapaz de responder, vou falar um pouco de quando a coisa irrelevante consegue prender ainda mais a sua atenção.
Há alguns anos, um colega de trabalho me explicou - e eu não tiro as razões dele - que o facebook não disponibilizava gifs porque brasileiros, com sua fama de serem chatos na internet, se aproveitariam para transformar o feed de notícia num verdadeiro desenho animado colorido e fofo, visualmente péssimo e, portanto, uma estratégia ruim para o facebook. Quer dizer, todo mundo acha ruim, mas no fim, muitos não resistem o compartilhamento das coisinhas meiguinhas que empesteiam a internet. Imaginem a aberração que o facebook se tornaria. Certamente expulsaria muitos de lá.

Mas as pessoas insistem nessa bobagem de gif. E como vivemos uma espécie de "nova geração de gifs", para tudo tem solução. Você não vai ver o gif se mexer, a menos que queira. É como dar play em um vídeo, mas não tem som. Visualmente é atraente e esteticamente funciona bem para o facebook, além de fazer você perder seu tempo visualizando todo um universo de inutilidades de todo gênero. Não pretendo encher esse post de gif, mas hoje mesmo, a primeira coisa que vi foi essa:
Vai e volta, vai e volta, vai e volta, vai e.... GHEGA

Antes de mais nada, peço minhas sinceras desculpas por te fazer ver isso. É uma tortura para os meus olhos, admito, mas é curioso como a vontade de dar um "play" nesses gifs é tremenda.
No meu caso, quase sempre é uma decepção, nada de interessante, nada que agregue coisa alguma, mas eu sempre dou o meu "play".
E como sempre, nós sabemos bem que isso irá prender a nossa atenção e nos damos conta que em questão de 1 minuto, vimos uns 10 gifs.
Até aqui, eu devo começar a explicar que eu não tenho absolutamente nada contra isso. Eu realmente acredito que aquele não praticado "caminho do meio" é sempre uma boa maneira de mantermos o equilíbrio. Não vejo problemas em ficar alguns minutos vendo gifs, mas desde o início, eu expliquei que criei esse blog como uma forma de ajudar pessoas que, como eu, se entregaram ao vício e deixaram tudo isso dominar a sua vida.
Quando há uma grande sensação de perda de controle, temos um problema. Se essa perda de controle te incomoda, então considere tomar atitudes diferentes.
O facebook não mede a apelação para te manter conectado, e a sensação de perda de controle pode não ser só culpa sua. Não quando você é induzido.
As gifs são só mais uma forma de produzir culto ao lixo, e isso vai te deixar mais encantado, mais preso e você não irá resistir.
Eu já fui demitida de um trabalho por passar horas no facebook. Eu sempre prometia mudar, mas no final das contas eu estava lá. Trabalhava 5 minutos e passava 20 prestando atenção em alguma coisa do Facebook. Se as gifs estivessem em alta naquela época, me prenderiam ainda mais a atenção e eu ficaria pior.

Já tivemos evolução de gifs, vídeos, páginas, emojis e o escambau. Qual será a próxima apelação para prender a sua atenção? 
Difícil responder. Mas como eu costumo ficar conectada não mais que 15 minutos - quando eu conecto -, eu tenho uma quase certeza de que eu não serei seduzida por aquilo.
Considerem que é notória a sensação de perda da vida quando passamos muito tempo conectados. Qualquer artifício para prender sua atenção é bem pensado. Não deixe sua mente estagnar ali, não permita-se viver numa prisão voluntária. Se você tem problemas, considere reduzir o tempo no facebook e recobre o que te dá prazer.
Aos poucos, a sensação de liberdade vai surgir fazendo com que você se dê conta de que valeu a pena.






sexta-feira, 11 de março de 2016

O compartilhamento compulsivo



Você nunca se perguntou porque está compartilhando determinada baboseira?
Nunca passou pela sua cabeça que, num minuto você está olhando um monte de conteúdo inútil e no outro está compartilhando e concordando com tudo aquilo?
Começa a escrever curtamente e sem vírgula, entra nas graças das palavras erradas como "ta serto", engloba para sua vida expressões que explodem em toda a rede como "lacrou", "divando", "SQN", "migo", "precisamos falar sobre"...
Na verdade, você é induzido a agir dessa maneira. Esse comportamento memético é irresistível quando você está ali na rede recebendo um fluxo alto de informações.
Claro que, não estou dizendo que não somos responsáveis por compartilhar determinados assuntos. Alguém pode dizer "é só não compartilhar". Ok, mas isso não é tão fácil assim. Você não manda 100% no seu espaço ali na rede quando está conectado. O facebook vai tentar te jogar tudo quanto é conteúdo, vai relacionar os assuntos que você gosta comparando com o dos seus amigos até que você finalmente compartilhe. Isso é bom porque sua atenção vai ficar presa ali e o facebook vai ganhar com isso. Novamente aqui eu digo que a sua relação com o facebook estará fortalecida, mas com seus amigos nem tanto.
O youtube também possui a mesma lógica. Você acessa e o youtube guarda o histórico de todos os vídeos que você assistiu. Induz você a assistir novamente e sugere canais parecidos com os que você acompanha.
Por exemplo, uma vez eu abri o youtube e vi que um vlogger fulano que eu acompanho havia upado um vídeo novo. Abri para assistir, o assunto me chamou a atenção. Ao lado, vi trocentas sugestões de vídeos e um em especial, eu queria entender porquê, já que tratava-se de um canal que eu julgo ser até criminoso. Por que eu me interessaria por aquilo?
Então, eu acessei outros vídeos do canal do fulano, do qual sou inscrita, e notei que em um vídeo ele falava sobre o canal sugerido, do beltrano. E não é só isso. O canal do então beltrano, também aparecia nas sugestões porque citava o nome de outros vloggers que eu acompanho, afinal, botar nome de vloggeiros famosos no seu canal, te faz crescer e chegar a um número notório de pessoas.
Ou seja, é uma teia na qual você está envolvido sem saber. Além dos youtubers usarem essa estratégia para angariar inscritos para seus canais, o youtube contribui botando você de cobaia nisso tudo.
Nesse mesmo dia, em questão de 1 hora, eu já sabia sobre a vida de meio mundo de vloggers que eu nem conhecia, nunca tinha ouvido falar, mas estava ali ouvindo eles porque caí naquela falsa sensação de que uma bomba estava prestes a estourar, e na verdade não estava. Nada de errado acontece ali além do climinha criado pelos famigerados youtubers para envolver você. Afinal, sem você eles não são nada.

O youtube é uma força que age junto com o facebook para ajudar nas visualizações. Quando um amigo seu dá um like em algum vídeo, inexplicavelmente ele pode aparecer nas sugestões de conteúdo de alguma publicação parecida. É um critério. Tudo que é mais lido, mais curtido e mais assistido, vai entrar em primeira ordem.

Quando a gente pensa que a coisa não tem como piorar, o facebook nos presenteia com isso:
Reaction Buttons do Facebook, os novos botões de reação além do Curtir (Foto: Divulgação/Facebook)
Além dos "likes", suas publicações podem ganhar reações. Quero ver no dia que essa brincadeira tiver 50 emojis à escolha, para criar um aspecto de falsa emoção na sua vida.
Para piorar o seu vício e induzir você a compartilhar compulsoriamente e ver trocentas coisas ao mesmo tempo, o facebook não cansa de fazer apelação. E não se esqueça que sempre haverá um sem noção que colocará um coração na sua foto, ignorando que você é casada(o), afinal, o que vale é mostrar pra todos a importância do seu sentimento.
A jogada foi feita e todos vão reagir com sucesso, vão participar com sucesso, vão usar o recurso e isso vai entupir sua página mais ainda com conteúdos que explodirá sua cabeça, e mesmo assim você vai compartilhar.
Ao fazer isso, você pode criar uma polêmica. Seus amigos vão curtir, comentar, opinar, discordar...
Certa vez eu compartilhei um post do qual, em seguida, um amigo compartilhou do meu feed descrevendo o seguinte sobre mim:
"Quem compartilhou foi uma amiga desesperada na vida por likes, que não tem nada de tão interessante pra fazer e fica postando imbecilidades do tipo".
Eu não respondi e não reagi. Apenas tentei entender porque uma postagem boba, que era para fazer uma crítica a um colega narcisista, havia causado tanto desconforto nele. Nem quero pensar naquele papo de "carapuça". Mas enfim.
Não importa o motivo que você compartilhe, é interessante você compartilhar. Compartilhe, curta e pesquise. Assim, você fará o jogo do facebook e ele buscará maneiras de te deixar preso e você irá contribuir para criar uma teia de informações insignificantes para aumentar o volume mais e mais.

Estranhamente, eu nunca vejo o facebook me trazer artigos para diminuir o seu vício em internet ou algo do gênero.
Mas claro, faz sentido, não?
Afinal, o vício gera lucros desde que a humanidade se conhece por gente e, sinto muito informar, mas isso não irá mudar.
O que eu venho sugerindo desde sempre é que você recobre o controle de sua vida e comece a questionar o seu uso da rede.









quinta-feira, 10 de março de 2016

Qual a coisa mais irrelevante que você vai ver hoje?

É possível que todos sejam capazes de responder essa pergunta quando passam alguns minutos conectados em redes sociais. E você consegue eleger a coisa mais irrelevante do dia?
Estou certa que não, afinal, quase todo conteúdo que você olha na rede não possui qualquer utilidade.
Hoje eu estive perdendo 15 minutinhos do meu precioso tempo, escolhendo algumas imagens que vou postar aqui, e permitir que você desfrute um pouco de ver um monte de besteirol inútil que em nada agrega na sua vida, você sabe disso e ainda sim, compartilha essas coisas por minuto.

Mas antes, eu devo dizer que eu curto algumas dessas páginas e comecei a deixar de seguir quando via que o ADM delas também perdia seu precioso tempo postando bobagens e enchia meu feed com suas mensagens fúteis. Imaginem administrar uma página com 7 milhões de seguidores. Você se disponibiliza a postar besteira todos os dias, mas pelo menos isso pode gerar algum lucro.

Aqui estão algumas coisas retiradas da rede que, francamente, eu olho e me pergunto o que me fazia perder tanto tempo na rede social.


1) Reflexões do entretenimento
Mas olha que espantoso! Ele fala com as pessoas na rua, achei que andasse com a cabeça inclinada pra baixo, olhando seu celular.
Eu lhe garanto, amiguinho, que as pessoas no facebook estão menos preocupadas ainda. Elas vão compartilhar as suas besteiras por comportamento compulsório, já que todos fazem a mesma coisa ali. Ninguém vai refletir, afinal, não foi pra isso que você criou o post, certo? Mas se utiliza de uma situação cotidiana pra fazer as brincadeirinhas.

2) Os donos dos seus sentimentos
Escute bem o que eu vou dizer a você.
Essas pessoas que costumam acreditar que todo ser humano pode ser diminuído por conta de sua vida sexual - que não é problema de ninguém -, normalmente creem também que estão cobertas de razão em suas alegações. Você é um ser humano complexo. Se você transa, você tem sentimento. Se quer compartilhar sobre sentimentos, seja livre, mas lembre-se que na rede, você está dando pérola aos porcos.
Sabemos que essa história idiota está escondida atrás de "é só uma brincadeira", mas não é. Ela tem o fundo de verdade, é cruel, é machista e serve para ferir as mulheres. E tem mulher que se sente realmente ferida com isso. Quem posta esse tipo de imbecilidade, não tem qualquer condição de falar de amor, o ódio lhe cai melhor.

3) Os culturalmente superiores
Sempre quando levanto essa questão, me preparo pra chuva de comentários odiosos que surgem de todo canto, até de pessoas que se dizem intelectuais. Normalmente quem faz esse tipo de "brincadeira" inútil, não consegue se desprender de seu complexo de superioridade cultural. Ele sabe como ninguém o que NÃO É cultura - claro, o que ele acha que não é.
Mas quando você pede pra esse elemento nos banhar com seus conhecimentos sobre cultura e seus aspectos, ele não sabe nem por onde começar a explicar.
Eu sei que todo mundo pode achar que eu to exagerando em ir além com algo que, em teoria deveria ser só uma bobagem postada por uma página fútil. Mas acreditem, ela tem seu fundo de verdade, e, como vemos, 15 mil pessoas gostam de ver esse tipo de depreciação.
Quem quer saber mais sobre cultura, recomendo começar a ler Franz Boas.

4) Se aproveita da irrelevância pra chegar ao fundo do poço
Eu nem ia comentar nada, mas esse aí simplesmente viu que para fazer sucesso, basta entreter as pessoas com bobagens que não servem pra nada e não escrever nada, apenas "pruu pruu".
Eu admito que curto essa página e rio dessas bobagens, e isso me custou outra coisa: ver um monte de bobagens semelhantes que estavam prendendo a minha atenção.

5) Auto ajuda inútil

Até isso está em grande volume no facebook. E agora inventaram as tais "reações", onde podemos ver um emoji de espanto, boquiaberto. É sério que essa besteira causa esse tipo de reação? Eu bato uma aposta que não, mas o facebook vai apostar no exagero para que a futilidade chegue até você e te domine completamente.

6) Otaquinho querido
 Ok, otakus, vocês podem se orgulhar de serem otakus. Mas eu gostaria de lhe convidar a pensar como foi a sua ultima semana. Você aproveitou ela ou ficou lá na rede vendo um monte de inutilidade e agora tem dificuldade de dormir?
Se essa pergunta lhe causou raiva, pense melhor. Talvez exista mesmo um problema.
Essa página chegou no meu feed por meio de alguns amigos que compartilharam ela ou curtiram. Eu não queria ver isso aí e ter me sentido pior. Eu não queria ter um ente querido adolescente que vivesse on line o tempo todo indo dormir tarde.
Por tudo isso, por não escolher o que eu vou ver no facebook, eu prefiro me manter off line, obrigada.

7) Os pica das galáxias sentimentalmente frágeis
Há quem desista de um relacionamento com quem curte essa página, ela serve como uma espécie de repelente. Se é exagero, eu não sei, mas eu sempre espero que esses tipos de homens não se casem e nem tenham filhos.
A página deles é um arquivão de imbecilidade, mas algumas postagens batem recorde em todos os sentidos. Aqui eles chamam de "mito" uma pessoa que enviou uma caixa de cocô para a vloggeira Kéfera. Não sabemos até onde essa história é verdade, se for, só lamento por tamanha infantilidade.
E você abre esse link e lê. Depois volta pra lá e comenta. E assim, seu trabalho vai acumulando e você só ganha uma baita perda de tempo em se orgulhar de sua frágil macheza.

8) Lamento informar, mas é trabalhando sim
Claro que muita gente faz coisa errada pra ganhar dinheiro. Há quem receba herança, ganhe premiações, mas são exceções. Para ganhar dinheiro, você precisa sim trabalhar.
E o facebook está trabalhando para prender a sua atenção prejudicando o seu trabalho. Você olha essa imagem, imagina um monte de bobagens, compartilha e pronto. Participou do comportamento compulsório da rede.

9) A máquina da irrelevância extrema - culto ao lixo
Não. Na verdade eu queria testar se você ficava bravo. Funcionou, bobão.
Agora vamos compartilhar e refletir.

10) Pode ser um fato ou não
Na realidade esse fato não é desconhecido e nem sempre é um fato. Há quem tenha relacionamento bem sucedido justamente por saber se comunicar bem.
Porém, a rede social torna ainda mais difícil a comunicação. Se você não consegue se comunicar, pense no porquê isso acontece. Muitos relacionamentos são prejudicados porque as pessoas não conseguem dizer o que pensam, se estão sofrendo, guardam pra si... Avalie seu relacionamento, mas não perca o seu tempo na rede dando importância para páginas sem qualquer fundamento.

11) Top deprimência
Se eu fosse fazer um top 10 com as páginas mais deprimentes do facebook, essa com certeza estaria na lista. Se nem mesmo quando existe intenção de conter auto-ajuda as pessoas se animam, ao contrário, se prendem mais ali porque aquilo chama a atenção, imaginem só quando a página não traz qualquer relevância e ainda te mostra o estado decadente do ser humano.
Se esse tipo de coisa provoca sensações ruins em você, não veja. Sua vida não vai mudar em nada, mas certamente terá chance de seu dia ser mais prazeroso.

12) Que medo
Mas foda-se que a notícia é inútil e tem chance de ser hoax. Mas foda-se, o importante é ganhar visualizações e likes.
Afinal, nem sempre se pode dizer "foda-se" pra tudo, né?

13) Os espertões que destruirão o pós modernismo
É isso aí. Essa página decidiu ir além da crítica ao pós modernismo, produzindo conteúdos idiotas perdendo o tempo precioso deles caçando as tolices ditas por pós modernos.
E ainda chamam de "gênio" pessoas que criam tirinhas desse tipo. Essa também entraria para a minha listinha de coisas mais deprimentes.
Inclusive, eu mesma já li nessa página os ADM arriscando falar sobre assunto que eles desconhecem, mas apostam no achismo.
Quais as chances de uma pessoa que diz uma frase dessa - ainda que incompleta - se referir a lutas sociais de minorias políticas?
Mas não, ele prefere covardemente associar ao Mein Kampf, se valendo só do título do livro.
E ainda vai um bando de pessoas curtir, também acreditando que estão cobertas de razão.
Na boa, faça isso entrar naquelas coisas irrelevantes. Preserve sua sanidade.

14) Ateus e sua lógica perfeita
Crença não está baseada necessariamente com o que queremos entender sobre nossa realidade física, querida ATEA.
A crença pode ser atribuída à metafísica, ao estudo espiritual e diversas coisas que não comportam a nossa realidade, isso depende.
Sério que essa página vergonhosa até para ateus possuem tanta curtida assim?
É triste ver que temos tantos jovens entediados, incapazes de fazer questionamentos filosóficos, acreditando que estão corretíssimos com suas "não crenças".
Essa é uma das páginas mais inúteis que eu já vi no facebook.

15) Desanimados se identificam
Ok, vou matar um pouco meu tempo e me sentir um pouco pior nesse mundo, lamentando que existam pessoas que preferem ficar conectadas do que sair para jantar de vez em quando.

16) Quando pensamos que parou aí, a "miga" continua
Dispenso explicações.

17) Para finalizar

Eu poderia dobrar a página só postando coisas irrelevantes, é só ficar 10 minutos no facebook que você verá centenas delas.
Essa aqui não dá pra entender se é verdade ou zueira. Prefiro a segunda opção, mesmo porque, não entendo como alguém é capaz de perder seu tempo criando essas imagens sem pensar em faturar algum dindin, mesmo que boa parte das pessoas ali só querem rir deles.
Eu vi 20 amigos meus que curtem essa página. São pessoas inteligentes, com certeza estão ali só pra rir.
Fala sério gente...


Conclusão
Pão e circo também é isso aí. E você levando a sério...

A pessoa que que vai te achar um idiota por questionar as redes




Há pouco tempo trabalhei com um homem alcoólatra que não se importava com isso. Ele dizia que estava feliz desse jeito, porém, a felicidade dele estava deixando sua família deprimida. Ele não fazia mal a ninguém, mas simplesmente não falava com os filhos e nem encostava na esposa. Sua função era trabalhar para não faltar nada em casa, e já bastava. Quando saíamos para Happy Hours, ele sorria timidamente, conversava, mas sempre alguma coisa o puxava para longe. Era como se algo dissesse "hei, você está se divertindo, está indo longe demais, volte para seu mundo". A rotina dele era trabalhar o dia inteiro, a noite beber o quanto podia e só na calada da noite, quando os filhos estavam dormindo, ele retornava para casa. No dia seguinte chegava lá com o rosto visivelmente cansado, maltratado, de quem teve uma péssima noite de sono. Dores de cabeça eram frequentes, assim como as queixas de insônia. Mas ele alegava, com todo louvor do mundo que estava bem, feliz, e que as pessoas que se incomodavam com isso eram grandes idiotas. Sim, é bem verdade que era problema dele. Mas depois que eu saí do trabalho, tive notícias que a família dele tentou ajudá-lo com tratamento psicológico, e ele negou. Até onde eu sei, ele prossegue feliz com sua vida de bebedeira. Eu espera um final feliz para o meu colega, mas infelizmente é tudo que sei sobre ele.
Toda essa história serve para comparar com aqueles que não conseguem enxergar nenhum problema em passar seus dias dedicados a ver coisas irrelevantes na rede social. Essas pessoas são capazes de ver o lado positivo e somente isso - e ai de quem for lá falar o contrário.
No meu facebook, eu conheço pelo menos 8 com esse perfil. Eles passam o dia inteiro conectados e qualquer hora que você chamá-los, eles estarão lá. Um deles é um caso extremo daquele que tenta te convencer que a tecnologia está mais ajudando a enobrecer o ser humano do que roubando a vida dele. E, de fato, a tecnologia é importante para nossas vidas, embora eu tenha minhas críticas e falarei sobre elas nesse blog. O problema é quando o abuso é evidente, quando você não consegue mais desconectar, nem relaxar, nem dormir direito e passa a dar mais importância a ela do que sua vida real. De repente você se desliga completamente de sua existência para ficar em estado semi-criogênico na rede social. Exagero? Não!

Essas pessoas acham normal o caso do meu colega citado no início desse texto? Acham bacana qualquer forma de abuso, vício e fanatismo, seja de álcool e outros tipos de droga (lícitas ou ilícitas), religião, ideologias, jogos? Então, por que essas pessoas não enxergam o mínimo possível de problema no abuso de redes sociais? Ninguém está se posicionando contra as redes, mas sim ao abuso, ao excesso de informações irrelevantes, à perda de tempo.
Imagine quantas pessoas atrasam seus projetos para ficarem conectados e no fim ficam arrependidos, prometendo que no dia seguinte será diferente.
Eu estou aqui dizendo que eu perdi completamente o controle, fui demitida uma vez por culpa do facebook e não bastasse isso, após a demissão, passei parte do meu tempo desempregada, conectada na rede sem enxergar a dimensão do problema que tinha acontecido. Essa sensação de perda de controle não existe só na rede social. Muitos são compulsivos com comida, com drogas, com jogos... Como antes eu já havia citado aqui: quando o excesso começa a te prejudicar e se você enxerga problema, então temos um problema. Não ignore.

Outro dia, esse meu amigo que possui um caso extremo de vício, não reconhece e ainda acha idiota quem faz esses questionamentos, postou a seguinte imagem com essa legenda:
"Eu, saindo de casa para um mundo que não tem internet"
Eu não sei o resto do mundo, mas eu considero triste. Sabemos que se trata de uma brincadeira, mas eu sou um ser humano, peço desculpas se o desconforto emocional que essa imagem seguida da legenda me causa, seja uma grande bobagem para você.
Será que você entende, cidadão irradiado pela luz do celular, que nós precisamos de luz do sol, precisamos de ar puro, precisamos andar, sair, confraternizar? Ou você é daqueles que enxerga um padrão lógico em tudo e se recusa a entender que somos seres emocionais, com dificuldades, que sonhamos, temos sentidos e usamos diversos deles e que a rede social te priva de usar esses sentidos, você só escreve e lê? E claro, sente raiva, porque esse sentimento vai te impulsionar a continuar postando, enfurecido, tudo que pode, discordando de meio mundo, querendo que todos saibam da sua opinião.

Outro dia uma pessoa publicou uma foto com saudosismo da época que brincava de amarelinha na infância e lamentou que as crianças hoje estão viciadas em tecnologia. E, claro, pra variar, os grandes humanos que não enxergam problema na tecnologia, criticaram ela, falando o seguinte: "espero que continue assim. Você tem é inveja que as crianças hoje são mais espertas e têm coisas que você não podia ter na sua infância".
Disse o grande entendedor de educação infantil desse mundo. Acontece que as crianças PRECISAM brincar.
E existem problemas reais em deixar a criança usar livremente tecnologias como o celular. Também existem pessoas na internet caçando crianças e oferecem perigos reais para elas.
Também recomendo o documentário "Criança, a alma do negócio", que mostra que a psicologia do consumo é muito mais cruel para crianças.
Essas pessoas parecem ignorar os problemas sociais para se apegarem aos seus achismos.

Elas exaltam tudo que as redes possuem de bom e são incapazes de enxergar qualquer coisa negativa. Mas o que aconteceria se, de repente o fluxo de informação em excesso começasse a diminuir? Provavelmente seriam as primeiras a ficarem nervosas.

Não escute essas pessoas. Sério. Se você concluiu que as redes não está te fazendo bem, ignore qualquer comentário apelativo desses elementos, que só estão preenchendo uma base de dados com futilidades. Se for um vlogger, desconfie em dobro, pois ele se sustenta às custas de sua audiência e, acredite, você não significa nada para ele senão um número, um volume.

E se você é um desses que só conseguem enxergar o lado bom da rede e vive criticando quem analisa os problemas, eu te convido a repensar um pouco sobre suas crenças.
A internet é um mundo incrível, sem dúvida. Mas o abuso, o excesso nunca é um bom negócio para nossa saúde emocional, e às vezes está lhe fazendo muito mal e você se recusa a perceber.










terça-feira, 8 de março de 2016

Ideias para quem deseja diminuir a frequência das redes sociais



Você não precisa, necessariamente excluir todas as redes de sua vida, mas é possível controlar o tempo e a frequência, se isso é o que você deseja. Muitos que excluem a rede para sempre, costumam dizer que é um alívio.O intuito desse blog é refletir sobre nosso vício em redes sociais.

Mas eu gostaria de dar algumas dicas que foram úteis para mim e podem ajudar mais pessoas. Há aqueles que realmente vivem em um sofrimento na rede e possuem seus motivos. Mas acredite, você sempre pode reverter tudo. Para mim foi difícil e eu ainda preservo a minha conta lá, porém, meu acesso é raro.
Deixo aqui as minhas dicas, espero que ajude.

Pense positivo
Pode parecer estranho, mas se livrar dos pensamentos ruins ajuda você atingir os seus objetivos. Quando eu parei de fumar, nos primeiros dias eu sentia muita vontade. Mas então, eu pensava em algo positivo e isso irradiava minha mente de coisas boas. Pensar em coisas boas que nos deixa feliz, pode amenizar aquelas que consideramos ruins. No início foi assim com o facebook. Sempre que eu tinha vontade de me entregar aos likes, fotos, inutilidades, eu pensava em alguma coisa positiva e isso me deixava feliz, aos poucos fui perdendo a necessidade de olhar o facebook.

Raciocine o porquê de você acessar as redes
Seja qual for a rede, pense um pouco: qual seu objetivo lá, se é que existe? Você pode até achar que não existe um objetivo de estar conectado, e de fato não há. É exatamente isso que o facebook espera de você. Sem rumo, sem objetivo, entediado - um prato cheio para você perder tardes e mais tardes lá, levantando a audiência das redes sociais. Coloque um objetivo. Se você tiver uma direção para usar o facebook ou qualquer outra rede, é mais fácil de diminuir o tempo nela.

Comece a questionar a coisa sinistra por trás daquilo
Pare pra pensar por uns minutos. Você acredita que a culpa do vício é só sua? O facebook é um ambiente bem feito, bem planejado, com cores modestas e com propostas atraentes. E tudo isso pra que? Para que você mantenha sua atenção o tempo inteiro ali, obviamente. O facebook seleciona sempre o que eles querem que você veja e aprende o que você gosta de ver para te manter sempre atento. Sua dedicada atenção, seu vício e sua perda de tempo geram lucro para o facebook.



"É gratuito e sempre será" - é o que vemos logo na parte do login. De fato, é gratuito, mas o custo emocional vai ser doloroso para alguns e bom para o facebook. Ele vai sugar você, da maneira que ele bem desejar, vai escolher o que você poderá ver e tentar fazer você formar uma nova opinião. E você vai aceitar, vai dar informações para que eles consigam te manipular. 
Se você, como eu, acha sinistro saber disso, considere parar de usar a rede social um pouco. Ela não é para você socializar, mas para que o facebook faça o que quiser com você. Já leu sobre Controle Social? Pois bem, com um pouco de paciência, você identifica o facebook ali. 
Deixe-me explicar... O facebook não pretende fortalecer o seu vínculo de amizades, mas sim fortalecer o seu vínculo com o próprio facebook. Você pode achar que tem as suas próprias ideias individuais, mas você está em uma rede onde o facebook aprende que pode te jogar um rio de informações de outras pessoas que compactuam dos mesmos pensamentos, e então, você se pega repetindo os mesmos bordões, compartilhando as mesmas ideias manjadas, as mesmas fórmulas usadas por páginas que possuem diferentes ideais, às vezes nenhum. Baseado nos seus compartilhamentos e de seus amigos, o facebook te convida a permanecer ali, te hipnotiza, te oferece páginas que você pode gostar e perder ainda mais o seu tempo; sugere amigos que postam mais ou menos as mesmas coisas que você e te convida a participar de grupos onde estão pelo menos 5 de seus amigos dentro. 
E para conseguir te controlar, mesmo sendo anti ético, o facebook apela para as piores baixarias, como fazer experiência em segredo resolvendo o que você pode ver ou não no seu feed. 
Você vive em paz sabendo disso? Eu não.

Saiba de uma vez que não está acontecendo nada!
Aposto que muitos viciados na rede acreditam que o mundo está desabando ali dentro, que algo de importante está ocorrendo nas redes, imperdível, assombroso, espantoso...
Acontece que isso não é verdade.
O que tem ali são pessoas que caíram no jogo do facebook: quando uma notícia se torna polêmica, o facebook se aproveita disso para lhe mostrar o maior número de assuntos relacionados porque você quer ver aquilo, mesmo que você não compartilhe.
Ou às vezes você não quer ver nada daquilo, se irrita com todos falando da mesma coisa e se sente um zero à esquerda porque não fala nada daquilo também. 
Se você quer saber sobre qualquer assunto, procure na internet, compre um jornal, uma revista, assista a TV por alguns minutos, enfim, faça o que melhor lhe cabe. É possível formar senso crítico e entender o que está acontecendo sem a necessidade de olhar milhares de notícias ao mesmo tempo, milhares de comentários amargurados de diferentes opiniões e crenças.
Feche a rede, e você terá uma sensação de alívio.

Pense no que você tirava de letra antes e é difícil fazer agora
Acontece com muitas pessoas, e acontecia comigo: eu estava com dificuldade de fazer qualquer atividade que antes eu tirava de letra. Eu também acumulava muito trabalho porque passava muito tempo no facebook. Eu me recordo de um rapaz em um antigo trabalho que tinha a mesma dificuldade, ele não saía do facebook. Quando a empresa fez uma reunião para saber se bloqueava as redes sociais, ele foi o primeiro a levantar a mão e dizer que concordava. E isso, infelizmente custou sua demissão. Quem entende um negócio desse? O meu chefe que o demitiu, também não saía do facebook. É só ele pensar um pouco: se ele mesmo tinha dificuldade de fechar a rede, por que diabos cobrava que os outros fizessem esse esforço sobre-humano? É preciso entender que o facebook simplesmente dominou as pessoas e não é exagero dizer isso. 
Se você é incapaz de fazer um trabalho ou tem dificuldade com as coisas que antes lhe davam prazer, tente relembrar do passado e de algum objetivo que você tinha. Por exemplo, eu gosto muito de desenhar, um hábito que voltei a exercer após algum tempo parada. Eu sempre pensava em fazer algum tipo de desenho específico, e finalmente dei início a esse pequeno projeto pessoal porque queria saber como ficaria algo que eu tanto imaginei. O primeiro passo é deixar o facebook como algo de menor importância na sua vida, e valorizar aquilo que realmente lhe dá prazer.

Por que você quer que todos saibam?
Qual é o propósito de tirar uma selfie escovando os dentes, indo pro trabalho, tomando banho, comendo ou - pasmem - dirigindo? Ok, você pode me dizer que não existe qualquer propósito no que faz. Mas a gente consegue saber quando esse comportamento compulsório torna-se problemático. Tirar um selfie e postar não tem problema. Quase todo mundo faz isso, inclusive eu. Mas algumas pessoas simplesmente precisam postar pelo menos uma foto por dia ou com muita freqüência. Se você pensa assim, avalie esse comportamento. Não existe qualquer problema em se auto-questionar se o seu comportamento é saudável ou não. Além disso, quais sentimentos os selfies de outras pessoas provocam em você? É um comportamento tão comum e banalizado que só vemos, curtimos e fica por isso mesmo. Muitas vezes até cansamos de ver sempre o rosto da pessoa, aparecendo por minuto no nosso feed. Apenas pense quando você tirar um selfie. Pense nas razões de você querer que todo mundo lhe veja em situações cotidianas que em nada agrega na vida de ninguém, nem na sua.

Ignore os que não enxergam problema
Algumas pessoas simplesmente não enxergam qualquer problema no abuso das redes sociais e de diversas tecnologias. Não baste isso, ficam com raiva daqueles que tentam te mostrar um aspecto mais problemático desse comportamento. No futuro, nós teremos algumas doenças mais frequentes, como problemas na visão e na audição e especulações de possíveis anomalias que podem sair do campo do "só ficção". 
Para elas, foda-se. Questionar esse comportamento ainda é coisa de idiotas, enquanto ela está coberta de razão. 
Ignore essas pessoas.
É legal que elas tenham suas certezas na vida, mas não funciona assim para todo mundo. Há quem sofre por não conseguir sair do facebook ou de qualquer outra rede. Inclusive, esses que não enxergam problema nas redes, podem falar com raiva e amargura dos que tentam chamar a atenção fazendo um discurso que parece que só serve para ele, mas serve para todos. Por exemplo, Joãozinho decide expor publicamente sua opinião, alegando que não está nem aí pro que pensam dele, que não sairá da rede e que ama internet, que isso é pessoal, é problema dele, etc.
Ok, fique onde está, Joãozinho. Resguarde o seu mundo e deixe as pessoas criticarem. Tudo sofre declínio nessa vida, inclusive a nossa estabilidade emocional. Até o facebook um dia sofrerá declínio e como você vai ficar? Já imaginou o seu "o dia depois da rede"?

Por que a opinião deles é importante?
Você é daqueles que não consegue se desligar do YouTube e precisa ouvir a opinião de trocentos vloggers por dia?
Por que você faz isso?
Na boa, é divertido o conteúdo que muitos vloggers produzem. O YouTube é uma ótima ferramenta para aprendizado, estudo e entretenimento, mas existem pessoas fúteis que são levadas muito a sério. Entre discursos idiotas, subjetivos até chegar ao ódio completo, alguns youtubers vão fazendo seu pé de meia, conseguindo tirar dinheiro com conteúdo fútil e imbecil às custas da SUA perda de tempo.
Qual a relevância de saber como fazer cocô na casa da amiga ou de saber que guardanapo x vale mais que y? 
Nada errado em questionar as coisas fúteis da vida prende sua atenção. Normalmente esses vloggers possuem boa oratória, editam o vídeo nos pontos estratégicos e então, você se pega horas passeando entre um canal de um ou outro.
Acompanhe seus vloggers, mas ponha limite. Lembre-se que são pessoas comum, como você que estão ali para ganhar dinheiro e fama. Não leve a opinião deles tão a sério.

PS.: Eu queria que fosse mentira o lance de como fazer cocô na casa da amiga ou o estudo do guardanapo que é melhor que o outro, mas infelizmente não é, e as pessoas dão audiência pra isso.

Entenda o que é FOMO - Sigla para "fear of missing out" ou "Medo de ficar por fora"
Se você possui dificuldade em relaxar a mente, e não quer ficar por fora de nenhum assunto e sente que está perdendo tudo que acontece, você pode ter algo chamado FOMO, não classificado como desordem mental, mas uma espécie de ansiedade em que a pessoa não quer perder nada e não quer ficar por fora de nada. Como eu disse anteriormente, entenda que não está acontecendo nada. Você vai abrir o facebook, vai ter um vislumbre sobre o assunto do momento e milhares de opiniões a respeito e você irá selecionar aquela que finalmente chegou o mais próximo da "verdade".
Isso quando não tiram prints daquelas mini frases escritas no twitter sem vírgula, nem acentuação, nem pontuação, escritas de forma direta e elevadas a nível filosófico, lacrador, divador e tantas outras gírias para classificar o orgulho de levar uma opinião às raias da exaustão. 
Você verá todos compartilharem as mesmas notícias e em questão de horas um assunto se tornar polêmico e centenas de opiniões subirem, transbordarem e você encher a sua cabeça com aquilo até sentir uma necessidade de opinar ou não saber como organizar aquilo em sua mente. Eu não sei quanto ao resto do mundo, mas eu que sou viciada tenho uma imensa dificuldade de assimilar isso. Ou o meu cérebro quer mais ou eu acabo ficando deprimida, me sentindo sem esperança.
Acredite: não está acontecendo nada e você não está perdendo nada do mundo. 
O nível de funcionamento pra mim é bem simples: eu tomo café, tiro 20 minutinhos para ler as mídias e pronto. É o que passei a vida inteira fazendo antes de existir facebook e depois dele, minha mente se encheu de coisas por segundo e eu não conseguia mais me livrar daquilo e sequer tinha paciência pra ouvir as outras pessoas. Se você tem um vício, identifique isso e tente aquietar a sua mente. Você não precisa que centenas de pessoas explodam informações na sua mente para você se atualizar sobre o mundo. Faça isso de forma moderada e tranquila se você acredita que é necessário.



Conclusão
Eu procurei relacionar o que eu vivi emocionalmente com o facebook. Existem muitos sites - como esse - que trazem diversas estratégias para você diminuir suas horas no facebook. Pode ajudar, mas eu acredito que administrar o seu emocional e entender a dinâmica das redes, é um ótimo caminho para não perder o nosso precioso tempo ali.
Motivos tem de sobra, então... 
Fecha a rede!

O curioso mundo das redes sociais - da felicidade ao declínio




Eu me lembro que, ao acordar, a primeira coisa que eu via era o facebook. Depois, tomava café acompanhando os vloggers do youtube. Em seguida ia lá mexer no twitter e depois ler as notícias do dia. No início era um rio de felicidades. Depois, meus amigos, alguma coisa deu errado.
Eu comecei a perceber que algo havia roubado o meu brilho.
Eu tinha me dado conta de que não conseguia fazer absolutamente NADA sem antes dar uma bisbilhotada no facebook.
Essa "bisbilhotada", que era para durar no máximo 1 minuto, acabava sempre me consumindo e eu perdia a linha. E claro, todos nós sabemos que são sempre com coisas inúteis.
Certa vez, a prima de um amigo querido fez um comentário em sua postagem. Eu notei que no perfil dela havia uma foto dela e seu marido, um homem que foi para a guerra do Iraque. Curiosa, acessei o perfil do marido dela e lá estava o álbum de foto dele, a maioria ele sempre aparecia fardado, com arma, se vangloriando de seu feito. E fiquei ali, sabe-se lá quantos minutos olhando aquelas fotos que me prenderam. Quer dizer, eu perdi um grande tempo com alguém que eu sequer conhecia.
Outro caso foi de uma amiga que fez um comentário no álbum de fotos postado por uma página de astronomia. Como apareceu na minha timeline, eu fui lá conferir as 150 fotos que a tal página postou. Uma mais bela que a outra, e eu fiquei ali, horas observando as imagens cósmicas enquanto o céu estava limpo e eu poderia ter olhado do meu telescópio.

A coisa piorou muito. Sempre que eu saía eu pensava no facebook. Ele tornou parte do meu mundo, chegou na minha vida, ficou e praticamente ali se instalou. Em uma fração de segundos, eu havia esquecido como era não ter rede social. Era impossível imaginar qualquer coisa sem internet.
Eu estava viciada. Talvez até pior de quando eu era viciada em cigarro: era um vício diferente, mais cruel, mexia com meus sentimentos, roubava minha felicidade. Não que o cigarro não o fizesse, mas as redes sociais têm muitas maneiras de fazer com que seu cérebro fique preso naquilo, sem controle, sem hora para desconectar.

Quando mudou?

Eu comecei a questionar uma série de coisas e decidi escrever em um blog para tornar pública a minha experiência.
A primeira coisa foram as pessoas. Minha percepção da realidade começou a mudar quando eu notava que a minha vida parecia não andar pra frente e eu cheguei ao cúmulo de ser demitida do trabalho por causa do facebook. E claro, não só do facebook mas do youtube também. Mas aqui, quero focar no facebook.
A primeira vez que tive um insight sobre o tempo gasto na rede, era que eu não estava só:
meus amigos também pareciam estacionar os seus cérebros ali, me fazendo lembrar um filme chamado "Surrogates", onde os humanos não interagiam mais pessoalmente, mas só através de robôs. Eu achava tudo deprimente, mas era incapaz de fechar a rede. Eu estava presa naquele mundo vazio.
Ok, pode ser exagero. Será?
Eu tenho um "amigo" - 90% não são meus amigos de verdade - que fica 24 horas conectado. Ele não para de compartilhar nada, passa o dia inteiro selecionando assuntos aleatórios com objetivo desconhecido. Ok... Talvez nem ele saiba porquê faz isso.
Outros têm família. Postam foto dos filhos e de quão feliz é sua vida de casal. É feliz mesmo? Qual razão leva esses elementos a gastarem suas preciosas horas conectados no facebook? Por que não estão ao lado de sua linda família?

Incluo o curioso fenômeno dos casais que vivem fazendo juras de amor publicamente, como se todos estivessem interessados na vida deles. Passa 2 meses, estão separados, postando frases deprimentes e músicas cafonas.

Por falar em frase, sempre tem aquele que adora postar uma frase aleatória que, muitas vezes nem pertence ao autor destacado. Por que fazem isso? Quem sabe. Talvez gostem de acreditar que possuem alguma propriedade intelectual avantajada.

Uma coisa que se tornou um clássico são os religiosos e ateus. A briga chega a níveis estrondosos, equivalendo a bloqueio e denúncias. De um lado sai o ateu chorando que está sofrendo preconceito do religioso - mas sem antes ir lá dizer ao mesmo que ele não tinha inteligência por acreditar em uma cobra falante. Do outro lado fica o cristão choramingando, mas sem antes ter feito um discurso homofóbico, ou machista. Francamente, em que isso agrega em nossas vidas? Absolutamente nada. Só serve para o delírio dos participantes da baixaria.

O cara que fala de política também acredita fortemente que está apto a fazer uma análise sem conhecer absolutamente nada do que diz. Alguns na base do achismo, outros na base do delírio, outros na base do ódio. Os que fazem a maior questão do mundo de chamar o bolsa família de "bolsa esmola" e as cotas de "afrocoitadismo" pra demonstrar o quanto ele se importa com o Brasil.

Os machinhos de plantão são os que me causam mais curiosidade. Eles fazem questão de mostrar que são os pica das galáxias, os donos da giromba de ouro, machos pra caralh* e para que ninguém duvide da macheza deles, nada melhor que humilhar as mulheres. Mas claro, o complexo de superioridade chega a níveis estratosféricos quando se está em um escudo chamado rede social.

Existem os que postam selfie por minuto. Até quando estão doentes, no leito de um hospital, eles precisam que todo mundo veja e que todo mundo alise a cabeça deles.
Na boa, quem diabos se importa com isso? As pessoas fingem que se importam, mas ficam ali te chamando de chato porque você só quer atenção. Você era assim antes da internet?

As pessoas que ficam o dia inteiro postando foto dos rebentos são outro caso a ser estudado. É sério que essas pessoas pensam que todo mundo está achando lindo o filhinho delas? Olha, amigas e amigos, eu sempre acho crianças muito fofas, mas que atire a primeira pedra quem nunca se perguntou algo do tipo "coisa chata, só ficar postando foto do filho". É... Não é estranho que essas pessoas tenham dificuldade de lidar com quem não quer ter filho ou quem não suporta falar sobre crianças.

Um tipinho estranho é o que anuncia que fará uma "faxina" no face dele. Claro que ele faz isso pra arrancar o clamor geral "por favor, não me exclua" e assim se sentir um pouco mais especial. Não anuncie, amigo... Vá lá e faça.

No meio disso, surgem os super desconstruidores e problematizadores de absolutamente tudo. Ok, nada errado em desconstruir certos pensamentos, mas existe um nível que chegou com a pós modernidade que simplesmente fez as pessoas matutarem coisas extremamente inúteis.
Talvez essas pessoas nunca tenham mesmo vivido um real problema na vida.
"Miga, sua louca" entrando para o rol de proibições.
Ta bom, vou pensar se atendo seu desejo.

A galerinha do "No Pain, No Gain" não fica pra trás com foto de academia fazendo questão de mostrarem o quanto são "guerreiros". O que fizeram na verdade? Ganharam a guerra sozinhos? Não. Simplesmente estão levantando peso pra enrijecer o quadril. É gente... A sociedade chegou nesse nível. Não satisfeitos, eles buscam toda a atenção de "frangos" e "gordinhas", mostrando o quanto todo mundo pode ser feliz se começar a malhar. Parecem pastores de igreja querendo arrebanhar fiéis para o culto. E quando você começa a duvidar da sanidade dessa gente, eles se saem pela tangente: é inveja, claro. Porque na cabeça deles, é inadmissível que alguém lhes diga que tanto esforço da parte deles, só deveria interessar a eles e a ninguém mais.

E as gifs... Eu poderia criar longos parágrafos para falar sobre essa nova onda de compartilhamentos, mas prefiro dizer que são apenas um modo encantador de fazer você continuar horas no facebook. Afinal, elas não têm som, são rápidas e divertidas. Um convite total à perda de tempo.

Mas ok, cada um posta o que quer no facebook.
O problema é você. Você pode se incomodar de ver isso. É vazio, é falso. Você pode estar sentindo que sua vida está sendo roubada por algo fútil, sem sabor, inútil. Nós sabemos que boa parte do que se posta ali é falso. Ninguém é tão feliz quanto parece ali. Quem é realmente tão feliz sendo irradiado de coisas fúteis o tempo inteiro?
Tem o lado bacana de tudo, como sempre. Apreciar com cautela e moderação sempre são o melhor caminho para o equilíbrio. Não vim aqui dizer que você deve eliminar o seu facebook.
Criei esse blog apenas para reflexão. Sua tristeza, amargura, falta de vontade de fazer as coisas, de viver, pode estar atrelado ao tempo que você esgota na rede. Ela pode estar roubando a sua energia, seu brilho, seu desejo de fazer coisas legais. E eu sei que você procurou esse blog porque alguma coisa acontece dentro de você que o faz questionar o que estamos vivenciando.

Uma vez eu li um texto muito honesto de uma pessoa admitindo não ser mais capaz de ler um livro, algo que antes tirava de letra. O pensamento dela foi tomado por tudo que acontecia no facebook. Ele trocou a leitura boa e interessante pelas futilidades nossa do dia-a-dia no facebook. Essa é realmente a impressão que temos: que alguma coisa imperdível acontece ali. Mas acredite, isso não é verdade.
Eu venho apenas compartilhar a minha angústia e convidar à reflexão, para que você pense com o que está fazendo com o seu tempo. Se você realmente sente que algo errado acontece e que você é incapaz de controlar suas ações, vamos refletir juntos.
Fecha a rede!